sábado, 22 de junho de 2013

MEU PRIMEIRO BEIJO




SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM COM O TEXTO MEU PRIMEIRO BEIJO


 Situação de aprendizagem texto: Meu primeiro beijo de Antonio Barreto


Meu Primeiro Beijo

É dificil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
" Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
E de reperente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!

BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.


 

 

 Faça,  as seguintesperguntas aos alunos:

a) O que acharam do texto?
b) Qual o tema tratado no texto?
c) A seu ver, qual o público alvo desse texto? Explique:
Exercícios:
1.No texto, a protagonista é uma adolescente, Larissa, que no trecho lido conta um momento importante de sua vida.
a) Que momento é esse?
b) ) Com quem ela viveu essa experiência?
e) Qual o efeito causado por essa escolha do ponto de vista?
2. Releia o texto e procure pistas que o ajudem a responder as questões abaixo.
a) O que faz o menino ser chamado de “Cultura Inútil” e “Culta”? Justifique sua resposta.
b) Quanto tempo se passou entre o recebimento do bilhete e o primeiro beijo? Justifique.
3.A  narradora muda de opinião a respeito da experiência do primeiro beijo.
a) Qual é o primeiro julgamento que ela faz? Retire do texto um trecho que ilustre sua resposta.
b) E o segundo julgamento? Justifique com um trecho do texto.
4. O que  o menino fez  para Larissa  mudar seu comportamento em relação a ele?
5.Qual figura de linguagem no trecho“(...) tínhamos transposto, juntos, o abismo do primeiro beijo...?
a) A que se refere essa figura?
6. No trecho “(...) as contas do telefone aumentaram, depois diminuíram...”o que aconteceu?
7. No texto, não há desfecho da narrativa. Dê um final para a historia!

 

Segunda etapa:    VOZ NARRATIVA, TEMPO, INFÂNCIA :

 

 TEXTOII  Restos do Carnaval  (Conto da obra Felicidade clandestina),

Texto I I   

  Em “Restos do Carnaval” o procedimento narrativo é o mesmo que em "Felicidade Clandestina": a escritora adulta rememora um episódio da sua infância passada nas ruas e praças de Recife, que encontravam “sua razão de ser” no Carnaval 

 Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartasfeiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa ia se aproximando, como explicar a agitação íntima que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.

No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.

E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.
Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça - eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável - e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.

    Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com as quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.

Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu apelo mudo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel - resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.

Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas - à idéia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos
nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha - mas ah! Deus nos ajudaria! não choveria! Quanto ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho, que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.

Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.

Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.

Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.

Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos, já lisos, de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa. 
   Clarice Lispector

O conto Restos do Carnaval tem um narrador explícito em 1ª pessoa: uma mulher adulta que se recorda de um certo Carnaval de sua infância, explicando (ou tentando entender ) porque se tornou especial.
 Desse modo, a narrativa ocorre em 2 tempos distintos: um tempo presente, que corresponde ao da enunciação, em que a narradora adulta se põe a relembrar e escrever sobre aquele Carnaval; e um tempo passado, referente à narradora, então uma menina de oito anos, como personagem da história que decidira relatar.

  Já o tempo da história e seu espaço assumem contornos bem definidos ao longo da narrativa. Logo no título e no 1º parágrafo, a narradora informa que se trata do Carnaval, não o mais recente, e sim aqueles de outrora, de sua infância em Recife:“Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas[...]e praças do Recife[...].” Embora pouco participasse da festa, pois“ no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança”, a menina aguardava por ele ansiosamente. Nas suas palavras,“Carnaval era meu, meu”.
Neste ponto, importa registrar ainda que o Carnaval é um evento culturalmente marcado, pleno de significações próprias. Os dias e locais da festa (o tempo e o espaço) assumem valores diversos, simbolicamente estabelecidos, “como se as ruas e praças de Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas”.É uma época de alegria e libertação, em que as ruas, as praças, os salões enchem-se de música, dança e muitas cores. Mas é principalmente o tempo e o espaço em que as pessoas fantasiam-se, usam máscaras, brincando assim de serem outras que não elas mesmas, experimentando serem diferentes.Tais significações também eram sentidas pela menininha-personagem que, além de seu fascínio pelos mascarados.
 "Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturado:
•exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época),
•desenvolvimento (desenrolar dos fatos apresentados complicação e clímax) e
•desfecho (arremate da trama).
 Entretanto, há diferentes possibilidades de se compor uma trama, seja iniciá-la pelo desfecho, construí-la apenas através de diálogos, ou mesmo fugir ao nexo lógico de episódios.Escritores (romancistas, contistas, novelistas) não compõem um texto estritamente narrativo. O que eles produzem é um tecido literário em que aparecem, além da narração, segmentos descritivos e dissertativos.As narrativas mais longas podem explorar mais detalhadamente as noções de tempo – cronológico (marcado pelas horas, por datas) ou psicológico (marcado pelo fluxo do inconsciente) – e de espaço (cenário, paisagem, ambiente).O envolvimento de várias personagens e os múltiplos núcleos de conflito em torno de uma situação também são comuns nas narrativas extensas.”




- Peça  aos alunos que façam uma leitura silenciosa e depois sugira que cada um leia uma parte do texto.
- Após a leitura, ressalte a semelhança na temática desse texto com a dos demais textos trabalhados até agora. Peça que produzam e entreguem a você um pequeno texto tratando das diferenças e semelhanças do tratamento dado aos relacionamentos nos textos trabalhados. Solicite que apontem o texto que retrata melhor o amor vivido nos tempos de hoje.

Como você já sabe, um texto narrativo deve responder a algumas perguntas básicas:

O QUÊ? – o(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM ? _ a personagem ou personagens;
COMO? _ o enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? _ o lugar ou lugares da ocorrência;
QUANDO? _ o momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? _ a causa do acontecimento.

1.O texto que você acabou de ler é do tipo narrativo? Destaque  os elementos pontuados acima:
•O quê?
•Quem?
•Como?
•Onde?
•Quando?
•Por quê?

2. Quanto à estrutura da narrativa convencional, destaque do texto /Restos de carnaval os  seguintes trechos:
•a exposição
•o desenvolvimento
•o desfecho
- Professor: dê tempo para os alunos fazerem as atividades e depois as corrija oralmente. É importante que você leia com os alunos os trechos teóricos apresentados e vá explanando melhor, esclarecendo as dúvidas que forem surgindo.

 3.   Leia os trecho retirados do TEXTO II e responda:
 [...]Um menino de uns doze anos[...] cobriu meus cabelos já lisos, de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da vida que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.”
a)O que  ela  quis dizer com '' eu era, sim, uma rosa.”
b)Qual semelhança este trecho trecho com o  Meu primeiro beijo?
 
 
TEXTO III  REVISTA CAPRICHO:  Meu primeiro beijo
Essa foi a pergunta que fiz nesta semana às blogueiras da Capricho. O resultado foi uma enxurrada de boas histórias, umas alegres e outras nem tanto, porém todas com o mesmo final: deixar de ser BV pode até ser complicado, mas que é uma delícia, isso ninguém nega! Selecionei para vocês os 10 melhores trechos publicados. Para ler o post completo, é só acessar os blogs das meninas!  Por eltprado às 0:42
 
O beijo que não aconteceu Tássia Jaeger – http://www.tataj.blogspot.com
“(…) Nem em novela o beijo era tão técnico! Onde estava a língua do guri? Minha língua estava num vazio, numa busca ensandecida pela companheira desaparecida naquele túnel! Até gosto ficou ruim na minha boca. Lembro que voltei pra festa e tomei dois copos de Coca-Cola pra tirar o gosto de nada. Mas brasileira como sou, eu ainda não tinha desistido. Voltei e tentei beijá-lo de novo. De nada adiantou.”

Foi lindo Louise Mira – http://rosas-inglesas.blogspot.com
“(…) Nunca tive problemas em esperar pelo que quer que fosse, e acabei descobrindo que algo pelo qual você espera e faz sacrifícios é sempre o melhor. Esperei por tanto tempo, até que conheci o meu namorado. Ficamos amigos, nos apaixonamos e, um dia, minha cabeça pousada em seu ombro, os olhos se tocaram, as respirações se encontraram… e foi, sim, a coisa mais linda do mundo. Sem pressa, sem nervosismos, um friozinho gostoso na barriga, e a música que só quem beija de verdade é capaz de ouvir."

O primeiro Lívia Estrella – http://lidusurf.blogspot.com
“(…) Naquele momento, o mundo se apagou, e a única coisa que senti foi nós dois, girando no universo infinito e vazio. Dentro de mim, uma explosão de sentimentos. Misto de alegria, felicidade e alívio. Quando cheguei em casa, peguei uma caixinha onde guardava todas as tranqueiras que achava importante e escrevi, no verso de uma folha, o dia, a hora e a data do primeiro beijo do meu primeiro amor. Romance total.”

Rebobinando   Priscila Souza – http://goiabasverdesfritas.blogspot.com 
“(…) Ele tinha os olhos verdes mais bonitos que eu tinha visto até então e simplesmente não acreditou que eu fosse BV. Primo de uma amiga, irmão de um conhecido e uns dois anos mais velho que eu, ele foi gentil e nem notou minhas pernas trêmulas. O beijo em si foi bom, tão bom que continuou se repetindo por alguns dias. O ruim foi o pedido de namoro que veio uma semana depois. Tudo bem que eu queria que fosse especial, mas pra mim, naquela época, namorar era muita responsabilidade para uma garotinha de apenas 16 anos.”

Beijando uma mula Joana Ribeiro – http://pseudologia-fantastica.com 
“(…) Quando nos encontramos, ele não disse nada; foi logo me beijando. E todo aquele lance de língua para lá e para cá me deixou com nojo. Tentei conversar um pouco, mas o rapaz não tinha papo. Acabei saindo dali extremamente chateada. Encontrei minhas amigas e chorei um bocado. Até hoje não acredito que o meu primeiro beijo tenha sido com um cara tão tapado e sem o mínimo de sensibilidade.”

O primeiro splish splash  Bruna Santana – http://brunaboo.blogspot.com
“(…) Eu não podia ver meu rosto, mas tenho certeza de que estava roxa de vergonha. Certeza. Ele chegou mais perto e perguntou se eu namorava. Na hora, eu quis rir. Pô, como assim se eu namoro? Sequer tinha beijado na vida. Respondi que não, trocamos algumas palavras sem importância e um dos momentos mais importantes (e esperados) da minha adolescência aconteceu. O primeiro beijo, a primeira troca de salivas, o primeiro enrosca bigodes. Ali, no meio das árvores da chácara, com músicas bregas tocando ao fundo e um choro de crianças vindo do parquinho.”

O primeiro beijo Leila Vieira – http://www.finaldestination.blogger.com.br
“(…) Estávamos nós três e um amigo dele no quarto, quando minha amiga sumiu, junto com o cara. Lembro dele fazendo um comentário maldoso sobre a minha roupa e no fim das contas ficamos. Meu primeiro beijo, que me fez não querer beijar nunca mais! Parecia um atentado! Ele certamente queria me sufocar! Não era possível! Foi definitivamente a pior experiência que tive na minha vida. Muita língua, pouca prática e a certeza de que foi o maior erro que cometi.”

Beijinho doce  Vanessa Negrão – http://www.nopainnogain.blogger.com.br 
“(…) Lembro de ter sentido igual ao começo de um desmaio: aquela perda total de sentidos, seguida por uma leve volta da consciência, em que some o chão, some o ar, tudo desaparece. E além do beijo, só sentia as mãos dele me abraçando. Quando minhas sinapses voltaram ao normal e percebi o que estava acontecendo, achei que ele estava se aproveitando da minha inocência infantil, o empurrei e saí correndo. Muito madura!”

Beija, beija, beija!  Gabriela Garcia – http://somedifferentlife.blogspot.com
“(…) Não vi estrelas; o chão não se moveu e não senti um friozinho na barriga. Era simplesmente um beijo, uma coisa que me parecia ainda um pouco estranha e não muito natural — mas foi exatamente o que eu esperava. E não foi como se depois disso minha vida tivesse se transformado, como se houvesse a Gabi-antes-de-beijar e a Gabi-depois-de-beijar. A única sensação que tive depois foi de satisfação comigo mesma por ser uma das primeiras da turma a realizar tal feito.”
Ex Bê-Vê   Diandra Arbia – http://letrinhas-aleatorias.blogspot.com
“(…) Enquanto beijava pela primeira vez, tive a sensação de que havia feito aquilo a vida inteira. Mas quando bateu 22h30, a cinderela beijoqueira precisou ir embora. Trocamos telefone, numa época em que ainda se dava o número certo. Fui dormir feliz, com um sorriso maroto na cara e um pouco da barba rala adolescente dele na garganta. Cof, cof, cof.”

 
 
  Avaliação
Avaliação deve ser feita ao longo das aulas, com a correção dos exercícios e a observação da fixação dos conteúdos.
Outra atividade avaliativa é a produção de um texto narrativo, conforme proposta a seguir:
Após estudarmos três textos narrativos com a temática dos relacionamentos pessoais, chegou sua vez de produzir uma narrativa sobre o mesmo tema: relacionamento, amor, paixão. Para isso, pense em todos os elementos da narrativa estudados (enredo, personagens, tempo, espaço, exposição, desenvolvimento, desfecho) e mãos à obra. Não esqueça de revisar seu texto antes de entregá-lo ao professor.



 Músicas:
Primeiro Beijo/Grupo Malícia
Primeiro Beijo /João Victor
Óculos Escuros /Raul Seixas
Óculos /Os Paralamas do Sucesso
Flaga/  Rita  Lee
Eduardo e Mônica /Legião Urbana
.FILMES:
Meu Primeiro Amor / pt: O Meu Primeiro Beijo)
é um filme americano de 1991, gêneros drama e romance
Os Batutinhas é um filme de comédia de 1994 produzido
em 5 de agosto de 1994

  "Tenho  duas salas de 9º e as meninas tem hábito em  ler revistas para adolescentes: Atrevida,Capricho,Revista Toda Teen,Revista Love, Teen ,Expediente,Revista Lulu Teen,Revista Pop Teen, Revista Viração,Revista Trip,Yes Teen e  Teen Vogue.),incentivo, pois  além de desenvolverem o gosto pela leitura,sei que  minhas meninas, não terão pressa em crescer como em “Resto de carnaval” e “ Meu primeiro beijo”! Prof.ª Paula Sobral

Nenhum comentário:

Postar um comentário