sábado, 22 de junho de 2013

PROJETO LEITURA


A melhor forma de obter conhecimento é cercar-se de bons livros


RESUMO
 O objetivo desse estudo é focalizar o papel da escola no desenvolvimento e na formação do leitor. Para tanto, faz-se necessário embasar em depoimentos de autores especialistas no assunto como Martins (2002), Marisa Lajolo (2004), Yunes (1985) e nos conceituados Parâmetros Curriculares Nacionais de língua portuguesa (1997). A leitura contribui significamente à formação do indivíduo, influenciando-o nas diversas formas de se encarar a vida, portanto, cabe a escola organizar, criar e adequar em sua grade curricular propostas e estratégias efetivas de leituras, favoráveis à formação de leitores competentes.
 
Introdução
 A leitura de modo geral amplia e diversifica nossas visões e interpretações sobre o mundo e da vida como um todo, portanto é necessário estar atento a esta questão, pois a ausência da leitura acaba sendo uma forma de exclusão.
Dessa forma, este trabalho objetiva-se discutir qual é o papel da escola no desenvolvimento da leitura e na formação do leitor, propondo estratégias metodológicas que visam ampliar essa prática em sala de aula.
O trabalho foi realizado com base nas teorias de Martins (2002), Marisa Lajolo (2004), Yunes (1985) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (1997), todos tem por finalidade conceituar a leitura não só como uma das ferramentas mais importantes para o estudo e o trabalho, mas um dos grandes prazeres da vida.
 
A leitura é expressão estética da vida e contribui significativamente para a formação do individuo, influenciando-o nas diversas formas de se encarar a vida.
A leitura permite entrar em contato com um mundo desconhecido, viajar e conhecer lugares e épocas diferentes, ampliando a capacidade cognitiva de cada ser.
A leitura deve ser vista como uma habilidade indispensável à vida sócio-cultural. Essa habilidade pode ser construída com base em práticas específicas estruturadas à grade curricular do cotidiano da escola e presente nas práticas docentes em todos os seguimentos de ensino.
A leitura não é só um das ferramentas mais importantes para o estudo e o trabalho, é um instrumento muito prazeroso à vida. Segundo Charmeux, 1994, apud Martins, 2002, p.67:
 
 
A leitura tornou-se hoje, portanto, uma ferramenta indispensável à vida em  sociedade, mesmo que não levemos em conta qualquer preocupação cultural [...]    mesmo havendo outras formas de acesso ao patrimônio cultural, graças às técnicas audiovisuais, ler continua sendo a ferramenta privilegiada de  enriquecimento pessoal [...].
Dessa forma, é bom refletir sobre o papel da escola na formação do leitor. Será que a escola enquanto instituição de ensino aprendizagem está atendendo de modo satisfatório a esse pressuposto?
Cabe à escola uma reflexão sobre suas práticas no ensino da leitura, revisando seu projeto político pedagógico e, acima tudo, as práticas docentes.
Marisa Lajolo afirma que:
Se algumas metodologias e estratégias propostas para o desenvolvimento da leitura parecem enganosas por trilharem caminhos equivocados, o engano instaurou-se no começo do caminho, a partir do diagnóstico do declínio ou da inexistência do hábito de leitura entre os jovens (2004, p. 107).
De acordo com a autora, o professor será, sem dúvida, o grande responsável pela busca de estratégias de leitura que melhor atendam aos alunos, e a sua ação alicerçará o processo de formação de leitores.
Para que o gosto e o compromisso com a leitura aconteçam, a escola precisa mobilizar seus alunos internamente, pois aprender a ler (e também ler para aprender) requer esforço e, para isso deve fazê-los compreender que a leitura é algo interessante e desafiador, algo que conquistado plenamente, dará autonomia e independência.
Ainda, nessa perspectiva, a formação de um indivíduo letrado só acontecerá se ambientes favoráveis à aquisição de leituras estiverem a seu alcance. Se a escola não estiver atendendo a essa proposta, caberá a mesma a criação e ampliação de seu espaço físico e dos subsídios que auxiliam tais práticas.
Sendo assim, se faz necessário que a escola dispõe de bons livros literários de diversos gêneros capazes de atender a todos os seguimentos de ensino da instituição; organizar momentos de leituras em que o professor também leia; planejar atividades diárias garantindo que as de leitura tenham a mesma importância que as outras; possibilitar aos alunos a escolha de suas leituras e o empréstimo de livros na escola; criar nas dependências da escola um espaço destinado somente à leitura.
Durante as práticas diárias de leitura em sala de aula o professor deve usar estratégias como a leitura de forma silenciosa, individual, coletiva e em grupo, deixando claras as diferentes modalidades de leitura e os procedimentos que elas requerem do leitor.
São coisas muito diferentes ler para se divertir, ler para escrever, ler para estudar, ler para descobrir o que deve ser feito, ler buscando identificar a intenção do escritor, ler para revisar. É completamente diferente ler em busca de significado - a leitura, de um modo geral - e ler em busca de inadequações e erros - a leitura para revisar. Esse é um procedimento especializado que precisa ser ensinado em todas as séries, variando apenas o grau de  aprofundamento em   função da capacidade dos alunos. (Parâmetros Curriculares Nacionais, Língua Portuguesa, 1987, p.61).
A concorrer para essa meta, é fundamental que se estabeleça objetivos às práticas de leitura em todos os níveis escolares.  O professor, como mediador deve propiciar atividades práticas que se fundamentem nessa lógica, criando diferentes momentos de leituras, alicerçadas em estratégias capazes de promover diferentes graus de letramento. Além disso, a todo momento, o professor deve deixar claro que ler é um exercício muito amplo e pode tornar os indivíduos mais justos e solidários.
Na escola, além das técnicas didáticas dos professores com práticas de leitura, é importante ressaltar que um aspecto muito relevante na formação de um bom leitor é a importância da família nesse processo. Segundo Yunes (1985, p. 21):
O hábito de leitura se inicia antes que a criança aprenda ler. Neste paradoxo se registra a decisiva influência de contar/ouvir história, para uma relação satisfatória com universo da ficção como complemento da redução da realidade  que as práticas sociais impõem.
De acordo com a autora, compreende-se que o hábito de leitura pode se iniciar a partir da mais tenra idade, com atividades lúdicas adequadas à idade de cada criança e estimuladas pela família que é sem dúvida a base para a inserção da criança no mundo letrado.
Quando a criança é inserida na escola, o professor no exercício de suas práticas deve propor atividades em que a participação da família seja indispensável. Para isso, atividades como ler, cantar e contar histórias para as crianças devem ser ações do cotidiano familiar e escolar.
A leitura é de extrema importância para gerenciar informações nos dias de hoje. Garcez acrescenta a essa ideia que "a leitura é a forma primordial de enriquecimento da memória, do senso crítico e do conhecimento sobre diversos assuntos acerca dos quais se podem escrever" (Garcez, 2001, p. 23).       Sabe-se que hoje o mundo está repleto de mecanismos audiovisuais e estes estão ao alcance de quase toda a população, portanto a escola como instituição de ensino aprendizagem deve pregar em suas práticas que nada, equipamento algum substitui a leitura.
Dessa forma, a leitura deve ser concebida como procedimento básico indispensável ao ensino aprendizagem, de maneira integrada a todas as disciplinas, sem restrições aos diferentes níveis de escolaridade.

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