segunda-feira, 23 de setembro de 2013


A incapacidade de ser verdadeiro
Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões da independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pelachácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu leva-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
- Não há nada a fazer, Dona Colo. Esse menino é mesmo um caso de poesia.
Contos Plausíveis, de Carlos Drummond de Andrade.
  1. A que classe gramatical pertencem, respectivamente, as palavras dois, as voador e esse?
  2. Por que o pronome demonstrativo esse foi empregado no masculino singular?
  3. Por que o artigo as está no feminino plural?
  4. Por que o numeral dois está no masculino?
  5. Destaque os verbos e classifique-os em: regular ou irregular.

SÁBADO, 4 DE MAIO DE 2013


Disciplina: Português           Ensino Fundamental – 7º ano  6ª série
Aluno (a) ________________________________________________
       Atividade Avaliativa – I Unidade – Peso 5,0

CONSUMISMO
Os homens, através da tecnologia, inventam a cada dia novas formas de conforto e lazer. E objetos que possam atender à demanda do consumo.
Uma das formas de convencer o consumidor à compra os novos produtos é a publicidade. A publicidade é feita das formas mais variadas. Vai de um simples folheto distribuído nas ruas, ou pelos  correios, até Sofisticados filmes, que contam muito caro e que os anunciantes passam nas principais emissoras de televisão ou nos cinemas.
Nós falamos em televisão, mas é bom lembrar que outros veículos de comunicação – rádios e jornais – também vivem do que cobram pelos anúncios. Toda essa carga é jogada em cima das pessoas e fica difícil resistir à vontade de comprar. E comprar cada vez mais, mesmo que não se necessite deste ou daquele brinquedo, ou eletrodoméstico. Isto é consumismo. Ele atinge mais diretamente as crianças, que acabam sempre
desejando tudo o que é anunciado. Até por que não têm a noção real do valor do dinheiro e a dificuldade que seus pais enfrentam para consegui-los.
O consumismo é tal que deve ser combatido em todas as idades. Mas é difícil acabar com ele, porque as crianças veem, nas ruas e em suas escolas, os colegas com um tênis da moda ou uma mochila nova e logo querem ter essas novidades. Esse espírito de competição também leva os adultos à compra de objetos que são absolutamente desnecessários. Se nosso vizinho compra um carro novo, logo queremos trocar o nosso.
A necessidade da conscientização do que é consumismo é uma busca constante das famílias hoje em dia. Também de uma grande parte da sociedade. E todos  reconhecem que é preciso resistir ao consumismo.
(André Carvalho e Alencar Abujamra, Consumidor e consumismo, Coleção “Pegante ao José”, Lê, 1993.)

Estudo do Texto  (1.0)

1) Segundo o texto, o que é consumismo:
a) É o espírito de competição.                    
 b) É um mal que deve ser combatido.
c) É comprar cada vez mais, mesmo que não necessite.   
d) É uma necessidade de conscientização.

2) De acordo com o texto, quem é diretamente mais atingida pela publicidade?
a) Os jovens pelo excesso de vaidade.      b) Os mais velhos pelo desejo de consumir.
c) As crianças por não terem noção do valor do dinheiro.        d) Todas as idades.

3) A publicidade é feita das formas mais variadas. Isso faz com que:
a) Os produtos sejam oferecidos.               b) As pessoas não resistam à vontade de comprar.
c) As pessoas assistam mais televisão.       d) Leiam mais jornais.

4) “Toda essa carga é jogada em cima das pessoas...” . Isso significa que:
a) As pessoas não precisam consumir.
b) Todos esses estímulos ao consumo são dirigidos com insistência às pessoas.
c) O consumo fica a vontade das pessoas.
d) Só quem tem poder de compra consome.

Analise Linguística  (4,0)

1.       Na oração: Os homens inventam a cada dia novas formas de conforto e lazer.  O núcleo do sujeito é:
(              ) conforto e lazer            (              ) homens           (               ) inventavam.

2.       Marque a oração em que o termo destacado é o sujeito:
a)      A publicidade é feita das formas mais variadas.
b)      Se nosso vizinho compra um carro novo, logo queremos trocar o nosso.
c)       Todos reconhecem que é preciso resistir ao consumismo.
d)      Se nosso vizinho compra um carro novo, logo queremos trocar o nosso.

3.       "Anoitecia silenciosamente." Nesta oração temos:

a) Sujeito simples     b) Oração sem sujeito.   c) Sujeito indeterminado.   d) Sujeito oculto.

4.       "Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha." Qual é o sujeito e o tipo de sujeito desta oração?

a) Nunca ninguém / composto.                  b) Ninguém / simples.
c) Ninguém /indeterminado.                      d) Nunca / simples.

5.       "Não choremos, amigos, a mocidade." Qual é o tipo de sujeito desta oração?
_______________________________________________________________________

6.       "O homem, a fera e o inseto, à sombra delas, vivem livres de fome e fadigas." Nesta oração o sujeito é: ­_____________________________________________________

7.       Classifique os sujeitos das orações abaixo:

a)      A Polícia Rodoviária Federal prendeu em João Pessoa um homem acusado de aplicar golpes no comércio.
_______________________________________________

b)      Tu e ele foram vítimas de assalto em Monteiro.
______________________________________________

c)       Mantém-se a greve na Paraíba.
________________________________________________

d)      Google abre inscrições para estágio no Brasil.
_________________________________________________


SUCESSO !

SEGUNDA-FEIRA, 3 DE DEZEMBRO DE 2012

Redação tema 1

“O trabalho enlouquece o homem” – frase de internet Istoé –  Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki – 

Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma
multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é um erro. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a
ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro ou a casa
maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe.


1. Com base no fragmento, elabore uma dissertação argumentativa, explorando a ideia do trabalho.  

A Casa do Berço Azul


Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho Língua e Literatura – 2ª série Mara Virginia

Leia:

A Casa do Berço Azul

‘Dona Marcionilha e seu Chico Fiscal.

Era a casa deles.
Gostavam de flores, de vasos e de roseiras.
Um quintal muito grande de fruteiras fartas e escolhidas.
Criação de lebres e de coelhos, da meninada.
Gaiolas dependuradas.
Alçapões. Balanços pelos galhos.
Meninos brincando.
Meus e deles.
Passarinhos.
Frutas maduras pelos galhos, pelo chão.
Geração passada...

A Casa do Berço Azul...
Minha casa amiga...

De dois em dois anos descia do alto da parede da despensa,
onde ficava ancorado, o barquinho de uma nova vida,
prestes a chegar.
Vinha para a terra o pequenino barco.
Seu Chico tomava de um pincel e uma lata de tinta
e pintava o berço, sempre de azul. Renovava o pequeno colchão,
o pequeno travesseiro cheio de paina fina e nova.
Pela casa, panos macios, flanelas,
claros agasalhos, camisinhas, bordados delicados,
rendas, e sempre ela tricotando um xaile de lã azul,
que mostrava sorrindo e feliz às suas amigas.” Cora Coralina

1. Como o eu lírico compõe as lembranças trazidas pela memória?
2. Alem do saudosismo, que outros sentimentos o poema evoca no leitor?
3. que objetos se destacam, no poema, como elementos evocadores de memória? Por quê?
4. A cor azul apresenta alguma simbologia no texto? Esclareça sua resposta.
5. De que forma se criou uma imagem bem viva e real do passado?
6. Retire do texto os substantivos.
7. Explique por que o texto pode ser chamado um ‘poema substantivo’. Transcreva trechos que comprovem sua resposta.

Meu guri


Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho
Disciplina: Língua portuguesa Profª: Kátia Série: 2º turma: ___
Aluno(a):_____________________________________________
TEXTO

Meu guri

Quando seu moço, nasceu meu rebento Chega no morro com o carregamento
Não era o momento de ele rebentar Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Já foi nascendo com cara de fome Rezo até ele chegar cá no alto
E eu não tinha nem nome pra lhe dar Essa onda de assaltos ta um horror
Como fui levando, não sei lhe explicar Eu consolo ele, ele me consola
Fui assim levando, ele a me levar Boto ele no colo pra ele me ninar
E na sua meninice ele um dia me disse De repente acordo, olho pro lado
Que chegava lá E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí Olha aí, é o meu guri
Olha aí, ai o meu guri, olha aí E ele chega
Olha aí, é o meu guri
E ele chega Chega estampado, manchete, retrato
Com vendas nos olhos, legenda e as iniciais
Chega suado e veloz do batente Eu não entendo essa gente, seu moço
E traz sempre um presente pra me encabular Fazendo alvoroço demais
Tanta corrente de ouro, seu moço, O guri no mato, acho que tá rindo
Que haja pescoço pra enfiar Acho que tá lindo de papo pro ar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro Desde o começo eu não disse, seu moço?
Chave, caderneta, terço e patuá Ele disse que chegava lá
Um lenço e uma penca de documentos Olha aí, olha aí
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí Olha aí, é o meu guri.
Olha aí, é o meu guri
E ele chega ( Chico Buarque de Holanda )
Vocabulário
Rebento: filho (sentido figurado).
Rebentar: nascer ( sentido figurdo).
Batente: trabalho diário.
Patuá: espécie de amuleto
Alvoroço: alarde, tumulto.

QUESTÕES SOBRE O TEXTO

1- Responda às questões:
a- Qual é o tema da canção “Meu guri” de Chico Buarque?
_________________________________________________________________________
b- Quem conta a história do menino? Copie um verso da canção que justifique sua resposta.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2- Na última estrofe, o que a mãe pensa ao ver a foto do filho no jornal? O que realmente aconteceu?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3-Substitua a seguinte expressão denotativa (isto é, que apresenta o sentido real das palavras) por outra, em linguagem figurada, que se encontra no poema lido.
Ele me disse que venceria!
_________________________________________________________________________
4-“Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular”
Por que o guri chega sempre suado e veloz do trabalho?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5- Por que a bolsa que o guri deu de presente à sua mãe já vinha com tudo dentro?
_________________________________________________________________________
6- Que ironia há nestes versos: “Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos tá um horror”
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7-Que outro título você poderia dar a esta música?
_________________________________________________________________________

SÁBADO, 1 DE AGOSTO DE 2009

Apelo - texto


Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho Profª: Mara Virginia Série: ___ Turma:___
Aluno(a):_________________________________________________________________
TEXTO

Apelo

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença e todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.
E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? As suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.
(Dalton Trevisan)
A carta constitui uma das formas de composição de um texto. Por meio dela se estabelece uma comunicação por escrito, endereçada a uma ou várias pessoas.
Exercício
1- A pessoa que escreve a carta chama-se remetente e a pessoa a quem se destina a carta chama-se destinatário.
No texto “Apelo”:
a) Quem é o remetente? b) Quem é o destinatário?
____________________________________ ___________________________
2- Toda carta possui um determinado objetivo. Qual o objetivo desta carta?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3- O narrador revela no texto os vários sentimentos experimentados pela ausência de sua mulher. Nos primeiros dias, o narrador não sente de ausência de sua mulher.
a) Em que aspecto a não-presença da mulher na casa é favorável ao narrador?
_________________________________________________________________________
b) Identifique a frase do texto que transmita a seguinte informação: durante a primeira semana, não senti a sua ausência.
_________________________________________________________________________
c) Retire do texto uma frase que expresse a ausência da mulher.
_________________________________________________________________________
4- O narrador menciona alguns fatos que, gradativamente, foram revelando a ausência da mulher. Transcreva alguns desses fatos.
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5- Em que frase do texto o narrador informa a solidão provocada pela ausência da mulher?
_________________________________________________________________________
6- Por que o narrador foi “... beber com os amigos...”?
_________________________________________________________________________7- O narrador compara a mulher à “... última luz na varanda.” Explique essa comparação.
_________________________________________________________________________
8- Explique o que o autor quis dizer com a seguinte frase:
“ As suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham.”
_________________________________________________________________________9- A palavra “Senhora” adquire no texto um sentido especial, seja pelo ritmo em que aparece nas frases, seja pela grafia, usada com o valor de substantivo próprio. O que sugere no texto o emprego desta palavra?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10- Na frase “a pilha de jornais ali no chão ninguém os guardou debaixo da escada”, o pronome oblíquo os, se refere ao que?
_________________________________________________________________________

SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JULHO DE 2009

Rosa de Hiroshima


Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho Redação

Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.

Composição: Vinícius de Moraes e Gerson Conrad

1. Qual é o tema desse poema?
2. Retire do poema as palavras que nos remetem imediatamente ao seu tema.
3. O poema pode ser divido em duas partes: causa e conseqüência. Identifique-as.
4. Explique a metáfora expressa em: “ A rosa de Hiroshima”
5. Que sensação o poema provoca em você? Justifique.
6. “Sem cor sem perfume / Sem rosa sem nada”. Explique o sentido da expressão sem nada nesse contexto.
7. Como cidadão, você aprova o uso do dinheiro público para fabricar armamentos?


E agora José? (Drummond)

Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho
Alunoa(a)______________ Série: _________

Leia:


E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?

E agora, José ?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora ?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora ?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José !

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
José, pra onde ?

(Carlos Drummond de Andrade)

1. José teria, segundo o poeta, possibilidades de alterar seu destino. Essas possibilidades estão sugeridas:
a) na 5ª e 6ª estrofes.
b) na 1ª, 2ª, 3ª estrofes.
c) na 3ª,4ª e 6ª estrofes.
d) na 4ª e 5ª estrofes.
e) n.d.a.

2. Só não é linguagem figurada:
a) "sua incoerência, seu ódio"
b) "seu instante de febre"
c) "seu terno de vidro"
d) "sua lavra de ouro"
e) n.d.a.

3. Das possibilidades sugeridas pelo poeta para que José mudasse seu destino,a mais extremada está contida no verso:
a) "se você tocasse a valsa vienense"
b) "se você morresse"
c) "José, para onde?"
d) "quer ir para Minas"
e) n.d.a.

4. Para o poeta, José só não é:
a) alguém realizado e atuante.
b) um solitário
c) um joão-ninguém frustrado.
d) alguém sem objetivo e desesperançado.
e) n.d.a.

5. José é um abandonado. Essa ideia está bem traduzida:
a) na 4ª estrofe
b) na 5ª estrofe
c) no 12º, 13º w 14º versos da 2ª estrofe e nos sete primeiros da 6ª estrofe.
d) no 8º e no 9º versos da 1ª estrofe.
e) n.d.a.

6. "A noite esfriou" é um verso repetido. Com isso, o poeta deseja:
a) deixar bem claro que José foi abandonado porque fazia frio.
b) traduzir a ideia de que José sentiu frio porque anoiteceu.
c) exprimir que, após o término da festa, a temperatura caíra .
d) intensificar o sentimento de abandono, tornando-o um sofrimento quase físico.
e) n.d.a

7. O verso que exprime concisamente que José é "ninguém" é:
a) "você faz versos"
b) " a festa acabou"
c) "você que é sem nome"
d) "que zomba dos outros"
e) n.d.a.

8. O verso que expressa essencialmente a ideia de um José sem norte é:
a) "José, para onde?"
b) "sozinho no escuro"
c) "mas você não morre"
d) "E tudo fugiu"
e) n.d.a.

9. A ssinale a alternativa falsa a respeito do texto:
a) José é alguém bem individualizado e a ele o poeta se dirige com afetividade.
b) O ritmo dos sete primeiro versos da 5ª estrofe é dançante.
c) "Sem teogonia" significa "sem deuses", "sem credo", "sem religião".
d) Os versos são redondilha menor porque tal ritmo se ajusta perfeitamente à intimidade,singeleza e espontaneidade das ideias.
e) n.d.a.


Gabarito

1. d
2. a
3. b
4. a
5. c
6. d
7. c
8. a
9. a

SEGUNDA-FEIRA, 7 DE SETEMBRO DE 2009

O diamante - Verisssimo


O diamante

Um dia, Maria chegou em casa da escola muito triste. - O que foi? - perguntou a mãe de Maria. Mas Maria nem quis conversa. Foi direto para o seu quarto, pegou o seu Snoopys e se atirou na cama, onde ficou deitada, emburrada.
A mãe de Maria foi ver se Maria estava com febre. Não estava. Perguntou se Maria estava sentindo alguma coisa. Não estava. Perguntou se estava com fome. Não estava. Perguntou o que era, então.
- Nada - disse Maria.
A mãe resolveu não insistir. Deixou Maria deitada na cama, abraçada com o seu Snoopy, emburrada. Quando o pai de Maria chegou em casa do trabalho, a mãe de Maria avisou:
- Melhor nem falar com ela...
Maria estava com cara de poucos amigos. Pior. Estava com cara de amigo nenhum.
Na mesa do jantar, Maria de repente falou:
- Eu não valo nada. O pai de Maria disse:
- Em primeiro lugar, não se diz "eu não valo nada". É "eu não valho nada". Em segundo lugar, não é verdade. Você valhe muito. Quer dizer, vale muito.
- Não valho.
- Mas o que é isso? - disse a mãe de Maria. - Você é a nossa filha querida. Todos gostam de você. A mamãe, o papai, a vovó, os tios, as tias. Para nós, você é uma preciosidade.
Mas Maria não se convenceu. Disse que era igual a mil outras pessoas. A milhões de outras pessoas.
- Só na minha aula tem sete Marias!
- Querida... - começou a dizer a mãe. Mas o pai interrompeu.
- Maria - disse o pai -, você sabe por que um diamante vale tanto dinheiro?
- Porque é bonito.
- Porque é raro. Um pedaço de vidro também é bonito. Mas o vidro se encontra em toda parte. Um diamante é difícil de encontrar. Quanto mais rara é uma coisa, mais ela vale. Você sabe por que o ouro vale tanto?
- Por quê?
- Porque tem pouquíssimo ouro no mundo. Se o ouro fosse como areia, a gente ia caminhar no ouro, ia rolar no ouro, depois ia chegar em casa e lavar o ouro do corpo para não ficar suja. Agora, imagina se em todo o mundo só existisse uma pepita de ouro.
- Ia ser a coisa mais valiosa do mundo.
- Pois é. E em todo o mundo só existe uma Maria.
- Só na minha aula são sete.
- Mas são outras Marias.
- São iguais a mim. Dois olhos, um nariz...
- Mas esta pintinha aqui nenhuma delas tem.
-É...
- Você já se deu conta de que em todo o mundo só existe uma você?
- Mas, pai...
- Só uma. Você é uma raridade. Podem existir outras parecidas. Mas você, você mesma, só existe uma. Se algum dia aparecer outra você na sua frente, você pode dizer: é falsa.
- Então eu sou a coisa mais valiosa do mundo.
- Olha, você deve estar valendo aí uns três trilhões... Naquela noite a mãe de Maria passou perto do quarto dela e ouviu Maria falando com o Snoopy:
- Sabe um diamante?

(Luis Fernanado Veríssimo, O santinho. 3.ed. Porto Alegre, 1991)

Estudo do Texto
1. Maria Chega da escola triste.
a) O que a mãe de MAria pensa que ela tem?

b) Qual o verdadeiro motivo da tristeza de MAria?

2. O pai e a mãe de MAria utilizam argumentos diferentes para convencêla de que ela tem muito valor.
a) Que argumento o pai utiliza?

b) Qual o argumento da mãe?

3. O pai de Maria faz uma comparação. A que ele compara a menina?

4. O que haveria de comum entre a menian e o objeto comparado?

5. No início do texto, Maria, emburrada, fica em seu quarto abraçada ao Snoopy. No final do texto, ela diz ao bichinho: "- Sabe um diamante?". Na sua opinião:
a)O que o bichinho representa para Maria?

b)O que ela pode ter dito ao Snoopy quando estava triste?

c) O que você acha que ela vai dizer ao Snoopy agora?

6. Na frase: Mas Maria nem quis conversa. Que palavra poderia substituir nem?

7. Retire do texto outra frase em que a palavra nem aparece com o mesmo significado.

8. Na frase: Maria não tinha febre e nem estava sentindo nada. O que significa a palavranem?

Obs: Atividade para o 6 e 7 ano

QUINTA-FEIRA, 3 DE SETEMBRO DE 2009

Somem Canivetes

Colégio Estadual Gov. Luiz Viana Filho
Disciplina: Língua Portuguesa Data: _____________
Série: _______________ Turma: _________

Leia:

Somem Canivetes

Fica proibido o canivete
em aula, no recreio, em qualquer parte
pois num país civilizado
entre estudantes civilizadíssimos,
a nata do Brasil,
o canivete é mesmo indiscupável.

Recolham-se pois os canivetes
sob a guarda do irmão da Portaria

Fica permitido o canivete
nos passeios à chácara
para cortar algum cipó
descascar laranja
e outros fins de rural necessidade.

Restituam-se pois os canivetes
a seus proprietários
com obrigações de serem recolhidos
na volta do passeio, e tenho dito.

Só que na volta do passeio
verificou-se com surpresa:
no matinho ralo da chácara
todos os canivetes tinham sumido.

(Carlos Drummond de Andrade, Esquecer para lembrar, Rio de Janeiro, José Olympio, 1979. p. 105)


Estudando o texto:
1. Quem proibiu o uso de canivete?

2. Que argumentos foram usados para a proibição do uso de canivete?

3. Como podemos saber que o colégio é de uma Instituição religiosa?

4.Qual o local que é permitido usar canivete?

5. No poema há dois grupos: o que reprime e o que é reprimido, identifique-os e opine quem tem razão.

6. Identifique a frase em que a palavra irmão tem o mesmo sentido do texto:
a) O irmão mais velho de Jorge é responsável pela família.
b) Nas horas de lazer , Irmão José explica-nos passagens da Bíblia.

7. Identifique o sentido com que a palavra ralo foi empregada nas frase:
a) O ralo da pia está quebrado.
b) O capim está ralo.
c)Preciso de um ralo para ralar o queijo.
d)Os cabelos de Pedro está cada dia mais ralo.

8. Qual o sentido da palavra nata no poema de Drummond?

9. Você acha certo ou errado as pessoas usarem canivete?

10. O poema de Drummond fala de canivete ( uma arma), você é a favor ou contra o desarmamento do cidadão brasileiro? Justifique sua resposta.

Obs: Usar no 6º e 7º ano do E. Fundamental