quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Conto de aventura



AS AVENTURAS DE TOM SAWYER

           Esta é uma narrativa divertida, que conta as aventuras de um garoto traquina que sabe ser solidário.
As   aventuras   não   são   poucas:   caças   a tesouros, visitas noturnas a cemitérios, perseguições de bandidos, e até uma enrascada em uma caverna. A grande marca desse personagem é a astúcia e esperteza empregadas para se livrar das situações perigosas em que se envolve. Mesmo  considerado rebelde por infringir algumas regras, ele sempre procura uma saída que não prejudique  ninguém. Por esta e outras características, que cabe a você descobrir, Tom Sawyer é considerado um herói entre os leitores.
         Mark  Twain,  autor de “As aventuras de Tom Sawyer”, nasceu em 1835 e morreu em 1910. Coincidentemente,o planeta Halley, que passa  pela  Terra  a cada  76  anos,  estava no interior de nosso sistema solar nessas duas datas. O escritor, segundo alguns, chegou a dizer que gostaria  de, assim como foi “trazido”, ser levado pelo cometa. Foi o que aconteceu!

Vamos à leitura de um trecho retirado da obra – o momento em que o tesouro é descoberto.

AS AVENTURAS DE TOM SAWYER

[...]
                No dia seguinte, Tom e Huck marcaram um encontro, pois tinham muito para conversar. Através do sr. Jones e da viúva Douglas, Huck inteirouse de todas as aventuras vividas por Tom e Becky.
                – Tom, não encontrei o tesouro no quarto número dois... Só garrafas de uísque.– E nem poderia encontrar, Huck, pois este tesouro nunca esteve no quarto... Está na caverna!
                – Como? – Hucky levou um susto.
                – Você me ajuda a tirá-lo de lá?
                – É claro que ajudo! Mas não quero me perder na caverna... Ainda estou bem fraco, como pode ver...
                                                                                            ( Tom)

             – Sei de outra entrada, Hucky... Foi por lá que eu e Becky saímos. Ninguém a conhece, posso garantir. Vamos precisar de pão, duas sacolas, velas, fósforos, linha de pipa.
Tão logo arrumaram as provisões, os meninos saíram em busca de um bote. Tom e Hucky colocaram tudo dentro  e desceram o rio. Nas proximidades da caverna, Tom apontou o local onde deviam atracar. Por sorte, havia feito uma marca junto a um deslizamento de terra.
                – Atrás da moita! – ele entrou no buraco e Hucky seguiu atrás. O primeiro teve o cuidado de amarrar a ponta da linha numa pedra, à entrada do buraco, para garantir retorno. Passaram silenciosamente por galerias, pela nascente onde ele e Becky ficaram até alcançarem o corredor que levava ao declive.
                – Foi lá que avistei Índio Joe! – Tom ergueu a vela para iluminar melhor o local. – Consegue ver a cruz com cera de vela na parede da caverna?
                – Sim, consigo!
                – Veja agora onde está o número dois... Embaixo da cruz, Hucky. Exatamente onde vi Índio Joe com a vela!
                – Vamos embora daqui! – Huckleberry exclamou, com medo de que o fantasma do índio viesse assombrá-los.
                – E deixar o tesouro? Nunca! A cruz tem o poder de espantar fantasmas... Índio Joe não voltaria aqui – Tom convenceu o amigo que deviam ficar para procurar o dinheiro.
                Depois de descer e examinar mais de perto, viram pegadas no barro e alguns tocos de vela. Decidiram então cavar bem ali, embaixo da fenda da rocha. Após alguns minutos, encontraram uma tábua. Ao removê-la, descobriram uma pequena entrada, que os conduziu a um esconderijo...
                – A caixa do tesouro! – os dois exclamaram ao mesmo tempo.
                – Estamos ricos!

                            (Huck)
                – Nós conseguimos!
                Tom e Huck descobriram também duas pistolas, três sapatos e um cinto de couro. Mas nada disso os interessou.
Tiraram as moedas da pesada caixa, distribuindo-as nas duas sacolas. Deixaram a caverna e olharam em volta para ver se alguém os tinha visto. Só então entraram no barco e remaram de volta ao vilarejo, ao anoitecer. Lá chegando, Tom pegou emprestada uma carriola para transportar as sacolas. Para que ninguém percebesse, cobriram-nas com sacos velhos.
                – O melhor lugar para esconder o dinheiro é o depósito de madeira da viúva Douglas! – Tom decidiu, com apoio de Hucky. Mas, ao passarem nas proximidades da casa do Sr. Jones, a caminho da casa da viúva, ele os avistou.
                – Meninos! Está cheio de gente querendo ver vocês lá na casa da viúva Douglas! Puxa, estão carregando algo bem pesado! Tijolos? – ele aproximou-se, curioso.
[...]

TWAIN, Mark. As aventuras de Tom Sawyer = The adventures of Tom Sawyer.   Adaptação e tradução Telma Guimarães. São Paulo, Editora do Brasil, 2009.


1. Identifique, neste pequeno trecho da narrativa, os elementos de uma narração

Personagem;        Tempo;              Espaço;                   Enredo;              Foco narrativo.

2. Retire do texto o trecho em que Tom revela onde está o tesouro.

3. O que Tom declara que vão precisar para a investida rumo ao tesouro?

4. Qual foi a estratégia utilizada por um dos meninos para não se perder na caverna?

5. No trecho do 9º parágrafo “Ele entrou no buraco e Hucky seguiu atrás. O primeiro teve o cuidado de amarrar a pontada linha numa pedra, à entrada do buraco, para garantir retorno.”, identifique quais são os personagens que os termos destacados  substituem.

6. Por que Huckleberry decide ir embora antes de encontrar o tesouro?

7. Como Tom consegue convencê-lo a continuar a caça ao tesouro? Retire do texto o trecho que comprova a sua resposta.

8. Explique o efeito de sentido do uso do ponto de exclamação nos trechos abaixo apresentados.

“– A caixa do tesouro! – os dois exclamaram ao mesmo tempo.”
“– Estamos ricos!”
“– Nós conseguimos!”

9. O que Tom e Hucky descobriram junto com o tesouro?

10. Qual foi o lugar escolhido para esconder o tesouro?

Produção  Escrita

O que você acha que aconteceu quando o Sr. Jones se aproximou dos meninos? Dê um fim para esta parte da história. Torne o seu texto o mais criativo possível!
E não se esqueça de buscar o livro na Sala de Leitura da sua escola, para comparar o seu texto ao que o autor escreveu.
http://portucia.blogspot.com.br/2012/10/prof.html

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